sábado, 17 de março de 2012

O pássaro Fênix

No jardim do Paraíso,
debaixo da Árvore do Conhecimento
nasceu uma roseira.
Aqui, na primeira rosa, um pássaro nasceu,
seu vôo era como um brilho de luz
sua plumagem era bela, e sua canção encantadora.

Mas, quando Eva arrancou a fruta da Árvore
do Conhecimento do bem e do mal,
quando ela e Adão
foram levados do Paraíso,
ali caiu, da espada flamejante do Querubim,
uma faísca no ninho do pássaro

que inflamou imediatamente.

O pássaro pereceu nas chamas
mas, do ovo vermelho do ninho
ali, agitou-se em vôo, um novo pássaro
o solitário Pássaro Fênix.
A fábula conta que ele mora na Arábia
e que a cada cem anos
ele arde em chamas até a morte em seu ninho;

Mas, a cada vez um novo Fênix,
o único no mundo
nasce do ovo vermelho,
o pássaro ao nosso redor,
rápido como a luz,
belo na cor,
charmoso na canção.

Quando uma mãe, senta-se na frente do berço de seu filho,
ele fica no travesseiro,
e, com suas asas,
forma uma deferência ao redor da cabeça da criança,
ele voa pelos aposentos de satisfação
e traz o brilho do sol a eles
e as violetas na humilde mesa
tem o perfume duplamente doce

Mas o Fênix não é o pássaro
somente da Arábia
Ele faz seu caminho no brilho
das luzes no Norte
sobre as planícies da Lapônia
e saltita na flores amarelas
no curto verão da Groenlândia.

Abaixo das montanhas de cobre de Fablun
e das minas de carvão da Inglaterra, ele voa,
na forma de traça coberta de poeira
sobre o livro de hinos
que repousa nos joelhos do mineiro devoto.
Numa folha de lótus ele flutua
nas águas sagradas do Rio Ganges
e, no olho de uma jovem Hindu
brilha quando ela o vê

O pássaro Fênix, você não o conhece?
O Pássaro do Paraíso
o cisne sagrado da canção
no carro de Thespis ele sentou-se
disfarçado
de um falante corvo
e bateu suas negras asas
manchadas com vinho;
sobre o som da harpa na Islândia
tocada com o bico vermelho do cisne;
no ombro de Shakespeare ele sentou-se
disfarçado do corvo de Odin,
e sussurrou no ouvido do poeta
“Imortalidade”!
E na conquista do bardo ele voou
Através dos salões de Wartburg.

O pássaro Fênix, você não o conhece?
Ele cantou para você a Marselhesa
e você beijou a pena
que caiu da sua asa;
ele veio no brilho do Paraíso
e talvez
você desviou-se dele
em direção ao pardal que sentou-se
com brilho cintilante em suas asas

O pássaro do Paraíso
renovado a cada século
nascido da chama!
Sua pintura,
em uma moldura dourada,
pendurada nos salões dos ricos
mas, você mesmo com freqüência voa ao redor
solitário e indiferente,
um mito—
“O Fênix da Arábia”!

No Paraíso,
Quando você nasceu da primeira rosa,
Sob a Árvore do Conhecimento,
Você recebeu um beijo
E seu nome foi dado a você
--seu nome:

Poesia. 

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